quarta-feira, 3 de julho de 2013

Gasto na compra de dólar pode variar até 6% entre bancos, aponta Proteste

O gasto na compra de US$ 1.000 em um banco pode variar até 5,87% de acordo com a instituição escolhida. Portanto, pesquisar bastante antes de fechar o negócio pode garantir nessa compra uma economia de R$ 58,70 para quem precisa da moeda para viajar ao exterior.
A diferença foi apontada em pesquisa da Proteste, que realizou cotações da moeda americana e do euro em diversas instituições de crédito.

O levantamento foi realizado na última quarta-feira (26) em sete bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander.

Veja abaixo as cotações e custos adicionais em cada instituição. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), atualmente, é de 0,38%.
BancosCompra do dólar, em R$Venda do dólar, em R$Compra do Euro, em R$Venda do Euro, em R$Taxas adicionais, em R$
Banco do Brasil2,25 + IOF2,11 - IOF2,93 + IOF2,74 - IOF60 por operação
Bradesco2,32 + IOF2,10 - IOF3,03 + IOF2,74 - IOF60 por operação
Caixa Econômica Federal2,27 + IOF2,16 - IOF2,98 + IOF2,80 - IOF20 por operação
Citibank2,34 + IOF (correntista) ou 2,37 + IOF (não correntista)2,06 - IOF3,06 + IOF (correntista) ou 3,09 + IOF (não correntista)2,68 - IOFNão cobra
HSBC2,35 + IOF2,05 - IOF3,07 + IOF2,66 - IOF64,50 por operação
Itaú2,34 + IOFNão aceita3,04 + IOFNão aceitaNão cobra
Santander2,32 + IOFNão aceita3,02 + IOFNão aceita20 por operação
Em simulação para a compra de US$ 1.000, a Caixa apresentou o menor custo: R$ 2.298,63. O maior foi o do HSBC: R$ 2.433,47, um valor 5,87% maior que o da simulação na Caixa.
Apesar de a Caixa ter o menor custo total para a simulação com US$ 1.000, nem sempre ela será a melhor escolha para o consumidor.

Nesse limite, seu custo é mais baixo pela menor taxa cobrada, mas quando se compara somente a cotação, o Banco do Brasil é mais atrativo: R$ 2,25 acrescido de IOF. De acordo com a economista da Proteste Hessia Costilla, em transações acima de US$ 2.000, é mais vantajoso para o consumidor utilizar os serviços do Banco do Brasil em vez da Caixa.

O custo da transação no Banco do Brasil seria de R$ 4.577,10. Na Caixa, seria de R$ 4.802,44. Optando pelo primeiro banco, o comprador economizaria 4,92%. A economista ressalta a importância de realizar simulações em diversas instituições antes da compra, já que as cotações oscilam diariamente.

Com exceção do Citibank, os bancos só vendem moeda estrangeira para os seus correntistas, então é preciso pesquisar entre as instituições na qual se tem conta.

CASAS DE CÂMBIO

A Proteste realizou ainda cotações em casas de câmbio do Rio. Elas ofereceram os menores custos para a compra tanto do dólar quanto do euro. A entidade alerta, no entanto, que antes de negociar com esses estabelecimentos é preciso se certificar de que eles sejam cadastrados no Banco Central para se evitar dores de cabeça.

Outro fator a se ficar atento é a variação da cotação entre as próprias unidades da casa de câmbio. "Uma mesma empresa pode ter cotações diferentes em unidades de bairros diferentes", afirma Hessia. O mesmo não ocorre com os bancos, que têm cotações com validade nacional.

VENDA

Quem viajou e trouxe moeda estrangeira de volta ao país pode encontrar alguns entraves na hora de vender o dinheiro que sobrou da viagem. A venda é facilitada em casas de câmbio. Alguns bancos, geralmente, não aceitam comprar a moeda do consumidor se ela não foi adquirida na própria instituição. Alguns, como o Itaú e o Santander, não realizam a operação mesmo que a compra tenha sido feita em suas agências. É preciso saber também que o IOF também é descontado do consumidor quando ele vende a moeda a uma instituição financeira.

OUTRO LADO

Sobre os valores praticados, a Caixa afirmou, em nota, que se preocupa com a competitividade no mercado. "A Caixa busca manter a competitividade de suas taxas de câmbio, permitindo a seus clientes o acesso à moeda estrangeira com custos compatíveis com os praticados no mercado."

HSBC informou a composição de seus custos. "A taxa é formada a partir do dólar comercial, que é a base para todas as moedas. O banco, de acordo com seus custos de aquisição da moeda estrangeira no exterior, estratégia de posicionamento na moeda e custos operacionais, define o spread [lucro] e a taxa final é formada pelo custo do dólar comercial + spread."

Citibank declarou: "as cotações são definidas de acordo com as condições correntes de mercado".

Já o Bradesco preferiu não comentar os valores praticados.
Os demais bancos não responderam à solicitação da reportagem.
Editoria de Arte/Folhapress

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