segunda-feira, 15 de julho de 2013

Imóveis em bairros periféricos do Rio têm maior valorização

O campeão na valorização foi o bairro Brás de Pina, localizado na região norte da cidade, com 40% de aumento no metro quadrado em relação ao ano passado

Apesar de historicamente os imóveis na região central do Rio de Janeiro contarem com as maiores valorizações de preços, o ano de 2013 tem mostrado uma outra tendência no mercado imobiliário fluminense.
O Rio de Janeiro continuou com o metro quadrado mais caro do país: R$ 9.285, em média. Valorização em 2013 chegou a 7,7% (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
Segundo dados do Índice FipeZap, obtidos com exclusividade pelo ZAP Imóveis nesta quarta-feira, os imóveis que tiveram as maiores altas nos preços no primeiro semestre do ano estão situados em regiões distantes do Centro.
O campeão na valorização foi o bairroBrás de Pina, localizado na região norte da cidade, com 40% de aumento no metro quadrado em relação ao ano passado.
Ele foi seguido por Penha, que registrou significativo reajuste de 37%, e Água Santa, onde os valores dos imóveis subiram 30% até o último mês de junho.
“Vemos alguns motivos específicos para estes bairros anotarem as principais altas da cidade. Um dos motivos, com certeza, é a diminuição da violência nestes locais”, analisa Eduardo Zylberstajn, coordenador do FipeZap.
“O preço de um imóvel, dentre outras coisas, reflete o seu entorno. Com as chamadas UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora], estes bairros ficam mais atrativos, atraem mais comércio e pessoas dispostas a morar nesses lugares”, completa.
Apesar de registrarem números mais contidos em relação aos líderes de valorização, os preços dos imóveis nos bairros tradicionais também cresceram acima da inflação.
O metro quadrado no Leblon, por exemplo, ficou 9% maior, enquanto em Copacabana, o crescimento foi de 7%. Na Lagoa, os valores aumentaram 6%, um ponto percentual a mais do que em Ipanema.
“Ou seja, no Rio de Janeiro, o mercado ainda esteve aquecido nos primeiros seis meses de 2013”, aponta Zylberstajn.
Ainda segundo o coordenador, bairros como o Leblon continuarão a ter imóveis cada vez mais caros, pois a procura sempre será maior que a oferta.
Pelo País – O Índice FipeZap de junho apontou que houve aumento de 1,1% nos preços anunciados do metro quadrado em maio em relação ao mês anterior.
É a sexta alta seguida anotada em 2013. Com isso, a variação acumulada no ano ficou em 6,1%, aumento de 2,8% acima da inflação registrada no mesmo intervalo de tempo.
Das 16 cidades cujos preços são monitorados, Curitiba, com alta de 14,3%, Rio de Janeiro, com aumento de 7,7%, e Vitória, com crescimento de 7,5%, são os lugares que registraram a maior valorização de imóveis nos últimos seis meses.
“Temos que reforçar que os preços em termos nacionais têm crescido na média. Há cidades com demandas sólidas, que têm um peso muito significativo no índice, mas há também capitais que têm registrado leve queda”, afirma Zylberstajn.
Já o preço médio do m2 anunciado ficou entre R$ 9.285 (Rio de Janeiro) e R$ 3.583 (Vila Velha). Em São Paulo foi de R$ 7.268 e a média nacional foi de R$ 6.824.
Bairros – Ainda segundo o Índice FipeZap, o bairro do Leblon, no Rio, permaneceu com o rótulo de bairro mais caro do país. Lá, são cobrados R$ 22.051 por metro quadrado, em média.
Em segundo lugar, ficou o distrito de Ipanema, também em território carioca, com R$ 18.478. A região mais barata ficou por conta da Pavuna, com R$ 1.945.
Já em São Paulo, os imóveis mais caros estão localizados no bairro da Vila Nova Conceição, zona sul da Capital, com média de R$ 12.836 por m², pouco acima dos R$ 11.626 anunciados no Jardim Paulistano, a segunda metragem mais valiosa na cidade.
Em contrapartida, no distrito de Guaianazes (zona leste) foram encontrados os preços mais acessíveis: R$ 3.198.

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