Fed mantém estímulos e, no Brasil, Tombini sinaliza continuidade de aumento da Selic
Jonathan Ernst/Reuters
Federal Reserve: Casa Branca diz que Obama pode nomear Yellen no Fed
São Paulo – Veja o que você precisa saber nesta quinta-feira.
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1. Fed mantém estímulos, surpreendendo o mercado
Nesta quarta-feira, o Federal Reserve, o banco-central americano, decidiu manter o programa de compra de ativos que irriga o mercado norte-americano com 85 bilhões de dólares, em média, por mês. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que adecisão do Fed de manter o programa de estímulo é muito boa para o Brasil. De acordo com o ministro, o anúncio feito pelo Fed mostrou que o mercado estava “exagerando um pouco” nas expectativas. E também que o Federal Reserve errou na comunicação inicial, quando membros do banco não sabiam direito se iriam reduzir ou acabar com os estímulos.
Após passar a maior parte do dia sem grandes oscilações, o Ibovespa saltou da faixa dos 54,1 mil pontos para 55 mil pontos logo após o Fed afirmar que manterá por enquanto o ritmo de seu programa de compra de títulos, que tem favorecido ações de países emergentes. O anúncio surpreendeu a maior parte do mercado.
2. Provavelmente BC reduzirá ação no câmbio, diz Mantega
Mantega também disse não ter previsões para o câmbio, e que o governo não tem um patamar específico - mas que o patamar de R$ 2,40 e R$ 2,45 era um "exagero". "Felizmente, nosso câmbio é flutuante e eu não posso fazer previsões, porque não sei onde o câmbio vai chegar. Provavelmente o Banco Central poderá diminuir a sua intervenção e, aí, caberá a ele decidir isso", afirmou o ministro na noite de ontem, reforçando que o que interessa é a redução da instabilidade. Mantega também disse acreditar que o crescimento do país este ano possa ultrapassar a previsão de 2,5%.
3. Casa Branca diz que Obama pode nomear Yellen no Fed
A Casa Branca sinalizou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode estarperto de nomear a vice-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, como substituta de Ben Bernanke no comando do BC norte-americano. Bernanke deixará a presidência do Fed em janeiro de 2014.
Funcionários do governo já começaram a discutir o processo de nomeação do próximo presidente do banco central com membros do Senado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. A movimentação dos parlamentares ocorre três dias após o ex-secretário do Tesouro, Lawrence Summers, retirar sua candidatura à presidência do Fed.
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4. Tombini sinaliza continuidade de aumento da Selic
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou ontem em audiência pública no Congresso Nacional que as ações de controle da inflação, iniciadas em abril último com a retomada do processo de elevação da taxa básica de juros (Selic), serão mantidas por “um período de horizonte relevante”, porque a inflação ainda está "em um patamar desconfortável”.
5.Participação estrangeira em companhias aéreas pode mudar
O governo está estudando uma revisão nas condições de participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas, hoje restrita a 20% das ações da empresa. Segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, existem três hipóteses em análise: uma aumenta o percentual para 49%, outra elimina totalmente a restrição à participação estrangeira e a terceira exige que dois terços dos votos no Conselho de Administração da empresa fiquem nas mãos de brasileiros.
6. Venda do Porto Sudeste depende da MMXM11, dizem fontes
Fontes afirmaram à Bloomberg que a Trafigura Beheer BV e o Mubadala Development Co pediram o ativo ligado a royalties para concluir a compra de 65% do Porto Sudeste. O empresário Eike Batista detém cerca de 67% da MMXM11, uma fatia avaliada em 885 milhões de dólares. O Itaú Unibanco e o Bradesco teriam direito a parte do ativo porque Eike usou pelo menos 250 milhões de dólares como garantia em empréstimos com esses bancos, segundo as fontes.
7.Com anúncio do Fed, bolsas asiáticas fecham em alta
Os mercados de ações da Ásia fecharam em alta, após a decisão do Federal Reserve dos EUA de manter sua política monetária inalterada. Os pregões da região, principalmente no Sudeste Asiático, tem sido afetados por preocupações com uma possível retirada do estímulo do BC norte-americano à economia. Os mercados da China continental, Taiwan e Coreia do Sul só devem reagir a notícia na semana que vem, pois ficaram fechados nesta quinta-feira e assim permanecerão abrirão amanhã devido a um feriado.
8. BM&FBovespa adota nova regra de tarifação
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A BM&FBovespa vai adotar, a partir de outubro, umanova regra de tarifação de ativos de renda fixa, com o objetivo de aumentar a eficiência e liquidez neste mercado. Os emissores de títulos de renda fixa privada estarão sujeitos ao pagamento de taxa de análise, que corresponderá a um percentual do valor de emissão de cada oferta.
9. Bancários entram em greve por tempo indeterminado
Os bancários ratificaram ontem a decisão deparalisação por tempo indeterminado a partir de hoje, segundo o coordenador do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Carlos Cordeiro. A categoria pede reajuste salarial de 11,93%, que corresponde à inflação dos últimos 12 meses mais ganho real de 5% e melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e elevação do piso salarial. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu reajuste linear de 6,1%, que é a correção da inflação.
10. UE quer mais transparência em índices como Euribor e Libor
Ontem, a Comissão Europeia propôs um pacote legislativo para regular e tornar mais transparentes os índices de referência, em particular as taxas interbancárias Euribor e Libor, utilizados em numerosos contratos, inclusive imobiliários. Os índices Euribor (Euro Interbank Offered Rate) e Libor (London Interbank Offered Rate) são fixados todos os dias sobre a base das taxas que comunicada por um painel de bancos. O texto, proposto pela equipe do comissário, prevê que diversos índicesíndices sejam submetidos a autorização e sejam elaborados de forma transparente com dados das transações reais e não de estimativas.
Com AFP, Agência Brasil, Bloomberg, Estadão Conteúdo e Reuters
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